As empresas que recrutam no Luxemburgo acabam por optar pelos mesmos candidatos e mostram-se relutantes em investir na formação de potenciais candidatos, mas acreditam que o país precisa de impulsionar a sua marca nacional no estrangeiro.
Uma colaboração recente entre a União das Empresas do Luxemburgo (UEL) e a Federação de Recrutamento, Pesquisa e Seleção (fr2s) revelou mais detalhes sobre a dinâmica do emprego no Luxemburgo. Realizado no final de 2023, este é o segundo barómetro do emprego que visa aprofundar a evolução das necessidades das empresas e dos candidatos, ao mesmo tempo que examina o fascínio do Luxemburgo como um hotspot profissional.
As conclusões do barómetro do emprego de 2024 oferecem informações sobre vários domínios críticos, incluindo perfis específicos, indexação salarial e marca nacional.
5-10 anos de experiência
É um perfil de trabalho clássico, mas as empresas apresentam uma predileção por candidatos com 5 a 10 anos de experiência, enquanto os esforços de recrutamento direcionados a indivíduos com mais de 50 anos permanecem escassos. Curiosamente, a idade média de antiguidade de todos os entrevistados é de 11 anos.
Além disso, existe uma tendência predominante para perfis prontos a implementar em vez de investir na formação de candidatos, tornando, de facto, talentos diversos (e especialmente jovens) ainda mais escassos.
44% das empresas de recrutamento foram mandatadas para cargos relacionados a “auditoria, risco e conformidade”. Em contraste com esta conclusão, as empresas consideram amplamente (72%) que as empresas devem favorecer o recrutamento para funções geradoras de rendimento para garantir a estabilidade económica.
Expectativas salariais e barreiras ao teletrabalho
As empresas de recrutamento continuam a lutar para satisfazer as exigências dos perfis mais procurados, resultando muitas vezes em expectativas salariais que ultrapassam os orçamentos das empresas.
O estudo destaca os principais motivos que levam os candidatos a mudar de emprego, incluindo melhores perspectivas salariais (41%), progressão na carreira (29%) e melhoria da qualidade de vida (24%).
Além disso; as limitações do teletrabalho, nomeadamente as restrições fiscais, surgem como dissuasores para atrair talentos não residentes para 85% de todos os inquiridos.
No que diz respeito ao tema da indexação salarial, o barómetro constatou que 73% das empresas não a compreendem totalmente, dissuadindo-as de expandir a sua presença no Luxemburgo.Marca nacional mais forte
Mais de um terço das empresas (38%) afirmam que o Luxemburgo poderia fazer mais para melhorar a sua marca nacional e 40% das empresas acreditam que a imagem do Luxemburgo não é percebida de forma positiva no estrangeiro.